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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Pele Que Habito - Crítica


Um "jogos mortais" refinado, cult e extremamente surpreendente.

Essa semana foi muito especial para o Robô Guerreiro, pois além de assistir a pré-estréia desse filmão de Almodovar, assistimos ao lado da equipe do Omelete!


A Pele que Habito é um filme espanhol, do cineasta Almodovar. Para quem não conhece, esse cara já fez de tudo na vida... ou quase.

Antes de dirigir filmes, foi funcionário da companhia telefónica estatal, fez desenho em quadrinhos, foi ator de teatro e cantor de uma banda de rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Óscar de melhor realizador. Homossexual assumido, os seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira sublime.


Antônio Banderas é Robert Ledgard, um excepcional cientista que depois de uma tragédia abalar sua vida, mergulha de cabeça em suas pesquisas para encontrar formas de reconstruir a pele humana através de experiências com células de porco. - Ah? Como assim? É confie em mim, esse pequeno trecho relata o que há de mais normal no roteiro.


Almodovar utiliza nesse longa elementos do terror, emoldurando a obra com um ar sombrio, e é quase palpável a tensão durante todo o filme. A simplicidade e peculiaridade dos personagens e a imprevisibilidade do roteiro torna o longa viciante e faz seus olhos grudarem na tela com seu cérebro perguntando a cada cena: - MAS QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO?


Desde o inicio, percebemos um carisma na personagem de Elena Anaya e a cada cena o mistério que a cerca se torna maior, quase que enlouquecedor. A revelação é chocante e seria um jogo que Jig Saw invejaria.

A beleza arrebatadora de Elena Anaya. Ela foi uma das esposas do Drácula em Van Helsing, lembra?

O mais interessante, é que o filme não perde tempo com explicações do por que disso e por que daquilo, como acontece nos tradicionais filmes americanos que tratam a platéia como crianças do jardim de infância. Ele deixa o público entender o que está acontecendo, através de pistas e flashback’s, causando a curiosidade e a hipnóse do tipo: mosca na lâmpada.
Claro, em algumas cenas ficamos com vergonha alheia, como na cena do trigre. kkk quando você ver, vai se lembrar.


Se analisar o longa, encontramos semelhança ou até mesmo referências de o médico e o monstro, frankensten. A Pele que Habito é baseado no romance recém-lançado no Brasil, "Tarântula", de Thierry Jonquet.


A obstinação pelo trabalho catalisado pelo desejo de vingança doentio que no fim se torna uma paixão bizarra, só podendo ser compreendida racionalmente na ótica do "criador e criatura". A conclusão da vingança vai satisfazer alguns e outros ficarão aterrorizados. Definitivamente a vingança é um prato que se come frio.

Existe uma interpretação além do "fisico", uma parábola a ser interpretada na obra de almodovar.
Gostaria de comentar mais, porém é impossivel prosseguir sem spoilers. Fique longe de textos sobre o filme, já vi diversos sites e blogs vomitando spoilers.


O filme é incrível, entretanto não é para todos. Ele não chega a ser um filme artístico ou interpretativo como "A Árvore da Vida" ou até mesmo "Melancolia", mas pode não agradar a todos ou até mesmo se tornar um divisor de águas (ou você ama ou você odeia). Para os apreciadores da sétima arte, fãs de suspense, terror, pode ser um prato cheio, com um tempero surpreendente.

Saí da sessão impressionado e satisfeito com o que vi. Agora eu sei por qual motivo o Omelete às vezes pega tanto no pé de alguns filmes, depois de assistir um filme com um roteiro tão refinado, acabei ficando mais criterioso, porem continuo achando que "A Origem" foi um caso isolado e injusto.

A Pele que Habito é um suspense flertando com o terror.

Confira o trailer que não possui spoilers:


Agradecimentos especiais: Omelete, obrigado! Você são o prato favorito do Robô Guerreiro! ^^"

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