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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Contágio - Crítica (Ficção ou Realidade?)


Uma tosse será o suficiente para que o medo conduza a população ao pandemônio.

Em diversos filmes, livros, games somos introduzidos a um mundo pós-apocalíptico, onde a raça humana foi dizimada por guerras, uma raça alienígena melhor desenvolvida, catástrofes climáticas ou simplesmente por um vírus, que é o caso de contágio. Nessas ficções é apresentado um pequeno prólogo do que houve para que a população fosse reduzida a poucas centenas.

Madrugada dos mortos, Extermínio, Mad Max, Armageddon - o juízo final, entre diversos outros... usam desse artifício para nos introduzir ao universo criado, porém Contágio se destaca por se focar completamente na origem do problema que leva a humanidade para a rabeira da cadeia alimentar.

O desenrolar do filme é completamente instigante, pois se divide entre diversos personagens que estão espalhados pelo planeta e de alguma forma tiveram contato uns com os outros, dessa maneira transmitindo o vírus. Além disso, contamos com personagens de diversas classes sociais. Essa divisão de ótica a respeito de uma mesma situação torna o filme mais interessante, gerando curiosidade e prendendo ao máximo sua atenção.


O pai de família, uma equipe de cientistas do governo, um blogueiro conspiracionista ajudam a observar de todos (ou quase todos) os ângulos da situação onde o vírus ceifador se alastra de forma devastadora. Pelo menos é o que vemos em termos numéricos.

A trilha que embala a proliferação do vírus é fantástica e única, lembrando muito "A Rede Social" que teve a trilha concebida pelas mãos talentosas de Trent Reznor, formando uma simbiose com as imagens que a todo momento focam os gestos simples como o apertar de mãos, a coçadinha no olho, o abrir da maçaneta, que de uma hora para outra passam de ingênuos a mortais.




O grande problema do longa, é que em dado momento ele tenta colocar ordem no caos, assim esfriando completamente o clima de tensão que muitos suspenses almejam alcançar.

O governo assume seu papel clichê de esconder da população a todo o custo a verdadeira situação e acontecimentos, agindo como se nada estivesse acontecendo. O caso é que muitos fatos são escondidos do próprio espectador. Não acredito que seja algo em relação a faixa etária, censura, pois o filme é para um público mais adulto, ou que consegue digerir as idéias de um filme do tipo. De qualquer forma você vai acabar percebendo (se estiver atento) que o filme contém muitas subliminares de indução e algumas referências conspiratórias como: Uma forte afirmação da falsa informação através das mídias livres da atualidade, ou para ser mais claro: Chamam blogueiros de mentirosos na cara larga, quase que colocando um luminoso gigante em forma de seta na cabeça do mesmo, com a frase: "Oi eu sou blogueiro, não acredite no que eu digo. Tudo que é falado na internet é uma grande baboseira!". Claro que a internet não é um veículo de informação completamente confiável, mas não quer dizer que tudo seja uma grande mentira, a não ser que o "governo" queira que seja.


Sem querer ser religioso e muito menos fanático, o código de barras no pulso é uma escachada referência ao versículo bíblico do apocalipse:

“E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. “
Apocalipse 13:16-18


A Fema (Federal Emergency Management Agency U.S. Department of Homeland Security) está constantemente presente no filme, afinal ela trata exatamente desse tipo de contratempo.

O mais engraçado ou tenebroso é que a realidade é mais impressionante que a abordada no filme.
A Fema já construiu milhares de campos de concentração que estão espalhados por todo os EUA. São ao todo 3700 campos de concentração do Fema nos Estados Unidos. Estes campos de concentração fema. São iguais ao de auschwitz para alojar pessoas sem aparente razão, ainda. Existem cerca de 30.000 trens Fema em torno do EUA. Eles não são utilizados para o transporte! Sem comentar a fabricação de milhões de caixões que cabem de cinco à sete pessoas cada um. Vejam os vídeos reais:

Campos da Fema (Real):


Trens da Fema (Holy Shit O.o”):


Caixões:




Comercial da Fema que está sendo exibido nos EUA:


Voltando ao filme:

O abrigo secreto do presidente, o verdadeiro impacto da pandemia no mundo, o filme deixa diversas dúvidas no ar, não que isso seja um ponto negativo, pois quem não gosta de sair do cinema com aquela sensação de: - caramba mas e agora, o que vai acontecer com isso ou com aquilo?

Em contágio me senti completamente induzido por informações que vinham de um segundo plano no filme, percebi isso no momento em que o roteiro tenta voltar aos trilhos da sanidade e fazer você encarar aquela realidade com um simples pensamento (Ah, até que não é tão ruim assim). Claro que não é tão ruim assim! 26 milhões de pessoas mortas, mas só vemos um cadáver pra cá e outro pra lá (Dessa forma é fácil aceitar uma realidade dessas). A verdadeira proposta chocaria até um marmanjo com culhões de aço, mas o filme se mascara como uma gripe espanhola cria todo um alarde para depois se mostrar uma gripezinha suína vagabunda. Ou ele teve medo de ariscar mais, ou simplesmente foi umas mensagem subliminar de 100 minutos para uma prévia da instalação da nova ordem mundial. Não sou conspiracionista, apenas compartilho o que sei e vejo por aí. Essas coisas ficaram muito evidente no filme principalmente no rumo tomado em seu desfecho e pelo medo de mostrar o verdadeiro massacre realizado pelo vírus.


Saí da sessão com a impressão: - É... o governo pode mentir e fazer a população de idiota, mas no fundo ele é bonzinho!

Fora essas referências, subliminares e a mania de limpeza que eu tenho agora, o filme não é ruim, mas por pouco deixou de ser ótimo. Ele agrada, porem poderia ser muito melhor.

Planeta dos Macacos - A Origem, conseguiu ser mais convincente em termos virais (opinião pessoal). O filme “Epidemia” com Dustin Hoffman e Morgan Freeman de 1995 ainda é um clássico insuperável! Extermínio, Os 12 macacos, e Filhos da esperança, também são ótimas referências!

Contágio é na prática, um extermínio adestrado e de longe, muito formal.

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